A lista de certificações para o setor têxtil reúne os principais selos e normas que garantem qualidade, sustentabilidade e responsabilidade social na produção.
Existem diversas certificações ecológicas que as empresas tentam deter e a grande maioria são processos voluntários, que se podem tornar obrigatórios quando é exigência do cliente na relação comercial.
Normalmente, é obrigatório haver testes e/ou auditorias, o que significa custos adicionais para a empresa; no entanto, sabe-se que na sua maioria são uma mais valia competitiva no mercado internacional. O mesmo acontece com outras certificações que são destinadas também a outros setores, mas tornam-se muito relevantes para a ITV.
Certificação têxtil globalmente reconhecida que assegura que os produtos testados estão livres de substâncias nocivas à saúde humana.
Criada para unificar a segurança dos têxteis em diferentes países e empresas, esta certificação abrange matérias-primas, produtos intermediários e finais, além de acessórios como botões e fechos. Os ensaios são realizados por mais de 16 institutos de investigação na Europa e no Japão, sendo a certificação reconhecida em mais de 60 países.
OEKO-TEX® STeP significa Produção Sustentável de Têxteis e Couro e é um sistema modular de certificação para instalações de produção na indústria têxtil e de couro.
O objetivo do STeP é implementar processos de produção amigos do ambiente a longo prazo, melhorar a saúde e segurança e promover condições de trabalho socialmente responsáveis nos locais de produção. O público alvo da certificação STeP são fabricantes de têxteis e de couro, bem como marcas e retalhistas.
O UV STANDARD 801 é um dos mais rigorosos sistemas de teste e certificação para vestuário e têxteis de sombreamento do mundo. O processo de teste determina o UPF (Ultraviolet Protection Factor) que especifica o fator de proteção UV dos têxteis.
Em contraste com outras normas UV que apenas testam têxteis no estado novo e seco, o UV STANDARD 801 também testa têxteis de proteção solar sob condições realistas de utilização. Isto porque, com a utilização diária, a proteção UV é muitas vezes drasticamente reduzida através da humidade, estiramento, abrasão e lavagem.
Certificação reconhecida mundialmente que garante que os têxteis sejam produzidos de forma sustentável e ética, abrangendo desde a colheita das matérias-primas até a fabricação do produto final.
Criada em 2006, a certificação assegura que fibras naturais, como algodão e lã, sejam cultivadas de forma orgânica e processadas sem produtos químicos prejudiciais.
É a maior certificação de algodão sustentável do mundo, criada em 2005 para melhorar as práticas de cultivo e promover condições justas de trabalho para os agricultores.
A iniciativa tem como objetivo tornar a produção de algodão mais sustentável, reduzindo impactos ambientais e garantindo melhores condições para os trabalhadores do setor.
Certificação têxtil que garante a rastreabilidade da fibra de linho 100% vegetal, cultivada exclusivamente na Europa Ocidental (França, Bélgica e Holanda).
O selo é concedido pela European Confederation of Flax and Hemp (CELC) e assegura uma produção sustentável, sem irrigação, sem organismos geneticamente modificados (OGMs) e sem desperdício, utilizando processos 100% mecânicos para extração da fibra.
Certificação internacional criada em 2008, que assegura a rastreabilidade e a autenticidade dos materiais reciclados em produtos têxteis.
A certificação verifica se as empresas cumprem práticas ambientais, sociais e químicas responsáveis durante a produção, garantindo maior transparência e sustentabilidade na indústria.
Certificação internacional criada em 2002, que assegura que os produtores de matérias-primas, especialmente nos países em desenvolvimento, operem sob condições de trabalho justas e com práticas sociais e ambientais responsáveis.
A certificação verifica se as empresas cumprem as normas do comércio justo, promovendo um equilíbrio maior entre produtores e consumidores e incentivando práticas éticas em toda a cadeia produtiva.
Certificação internacional amplamente reconhecida, especialmente na Indústria Têxtil e Vestuário (ITV), focada no Sistema de Gestão da Qualidade.
O principal objetivo da ISO 9001 é assegurar que uma organização garante a conformidade de seus produtos, a satisfação dos clientes e a melhoria contínua de seus processos, por meio de um reconhecimento externo e independente.
Os produtos com a etiqueta ECO LABEL são procurados em todo o mundo. Porque ECO LABEL se concentra não apenas na redução de produtos químicos ou compostos perigosos, mas também no impacto ambiental mais amplo dos produtos.
A principal abordagem por trás do rótulo ambiental ECO LABEL é a avaliação do ciclo de vida. Durante esta avaliação, analisa-se os processos que vão causar poluição nas etapas de produção e uso de um produto e seus efeitos são calculados.
Muitos produtos só podem ser vendidos na UE se possuirem a marcação CE, que certifica que foram avaliados pelo fabricante e considerados conformes com os requisitos da UE em matéria de segurança, saúde e proteção do ambiente.
Isto aplica-se a produtos fabricados em qualquer parte do mundo e depois comercializados na UE.
A certificação de sistemas de gestão ambiental, suportados na norma de referência ISO 14001, constitui uma ferramenta essencial para as organizações que pretendem alcançar uma confiança acrescida por parte dos clientes, através da demonstração do compromisso voluntário com a melhoria contínua do seu desempenho ambiental.
A ISO 14001 adota a abordagem por processos, que incorpora o ciclo PDCA de melhoria contínua, integra o pensamento baseado em risco e a perspetiva de ciclo de vida.
A NP 4469 tem como principais objectivos apoiar as organizações que pretendem implementar um Sistema de Gestão da Responsabilidade Social (SGRS), fornecendo-lhes uma estrutura.
Esta norma reconhece as organizações que já desenvolvem práticas socialmente responsáveis que ultrapassam o contexto legislativo global, permitindo-lhes a implementação de um Sistema de Gestão e fornecer um modelo único para os pilares do Desenvolvimento Sustentável.
O bluesign® é um sistema de certificação que avalia o uso de substâncias químicas, materiais e os processos de produção, assim como os produtos têxteis acabados e compara-os tendo como base cinco princípios de sustentabilidade: eficiência de recursos (substâncias químicas e matérias-primas, energia, água); entre outros.
O conceito ‘parceiro do sistema bluesign®’ refere-se a qualquer organização cujos produtos cumprem os referidos padrões, desde marcas a fabricantes e fornecedores de substâncias químicas.
A Recycled Claim Standard (RCS) é uma norma internacional voluntária que estabelece os requisitos para a certificação por terceiros do conteúdo reciclado e da cadeia de abastecimento.
O objetivo é aumentar a utilização de materiais reciclados. O referencial RCS não aborda a utilização de produtos químicos ou outros aspetos sociais ou ambientais da produção para além da integridade do material reciclado.
O RWS é um padrão global voluntário que aborda o bem-estar das ovelhas e das terras onde pastam.
O RWS fornece a verificação das práticas que estão a acontecer a nível da exploração agrícola, dando às marcas uma solução clara que lhes permitirá fazer declarações sobre a sua origem de lã com confiança.
O Higg FEM surgiu como parte de um esforço conjunto entre líderes da indústria da moda, ONG’s e especialistas em sustentabilidade, com o intuito de criar uma ferramenta que promovesse a transparência e melhoria contínua nas operações de produção.
Este módulo faz parte do conjunto de ferramentas Higg Index, criado pela SAC, que visa fornecer às empresas uma forma padronizada de avaliar o desempenho ambiental e social ao longo de toda a cadeia de valor.
Existe uma consciência crescente entre os consumidores para comprar produtos que contenham materiais provenientes da agricultura biológica, o que está a levar a indústria têxtil a concentrar-se cada vez mais nas fibras orgânicas.
Organic Content Standard (OCS) é uma norma voluntária e internacional que estabelece requisitos para a certificação por terceiros de materiais orgânicos certificados e da cadeia de abastecimento.
A certificação FSC assegura que os produtos provêm de florestas bem geridas que oferecem benefícios ambientais, sociais e económicos. Proprietários e gestores florestais podem certificar-se para demonstrar que estão a gerir as suas florestas de forma responsável.
Ao longo da cadeia de valor de produtos de origem florestal, a certificação FSC proporciona vários benefícios tais como o acesso a novos mercados.
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